Caro Professor


Este blog nasceu após muitas conversas com os colegas professores, no cotidiano das escolas, nas salas dos professores, nos corredores, nos cafezinhos, como também em muitas reuniões.
Fomos descobrindo que a Ideologia, identificada com o neoliberalismo, tornara-se nossa maior inimiga, muito mais até que o próprio Sistema e do governo que o mantém.
Descobrimos que a luta concreta está no ter a consciência de toda influência ideológica no fazer a educação, na atuação dentro da sala de aula, no discurso pedagógico do professor. E que a fala e o agir dos dirigentes governamentais têm se prestado para a manutenção do espírito capitalista na educação.
Longe de nós o fanatismo esquerdista. O problema é que a culpa da educação andar capenga fica somente nas costas do professor. As Secretarias de Educação têm um discurso confuso que utiliza linguagem da esquerda para manter posicionamentos de direita, deixando a impressão que deram toda contribuição e subsídios para que a educação seja transformadora dessa sociedade consumista e do lucro, onde o ser humano vale menos que o capital. Daí este blog que ora apresentamos para sua apreciação e principalmente para sua opinião e debate.

Última atualização em 07 de agosto de 2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Efeitos neoliberais no cotidiano da educação

A reflexão sobre os impactos e as consequências da globalização e da política neoliberal na esfera da educação não é algo recente. Entretanto, parece que tais consequências e impactos foram gradativamente por nós absorvidos de tal modo que passaram a ser vistos como algo “normal”, e esta suposta normalidade é justamente um dos fatores que influenciam o silêncio e o abandono do diálogo crítico sobre a realidade. Não se questiona no cotidiano: sala dos professores, reunião de pais, aulas dadas, HTPC as mazelas neoliberais presentes na educação, no dia-a-dia da escola onde leciono.
Neste momento pretendemos não apenas questionar essa postura passiva, mas demonstrar a urgência em (re)introduzir sua tematização no horizonte de nossas preocupações teóricas. Antes porém, uma observação: em todas as áreas de atuação humana encontramos profissionais aficionados, dedicados e alguns que não se envolvem na profissão e uns poucos que nem tem profissionalismo. A análise que se pretende fazer aqui  está consubstanciada nos profissionais da educação dedicados, que são a maioria, e que não são reconhecidos e até mesmo desrespeitados pelo sistema e em algumas decisões são tratados como péssimos profissionais.
O que aqui se busca é o dia-a-dia do professor.

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